A China investe muito em inovação e vem se consolidando como referência em tecnologia de ponta. Segundo artigo da revista Época, o Gigante Asiático tem transformado interações em dados e se posiciona como uma potência no uso de programação e Inteligência Artificial para emular e até superar a capacidade humana.
Com o uso de robôs, o país tem modernizado toda a logística nos armazéns, causando efeito positivo em toda a cadeia. O trabalho pesado, antes feito por vários funcionários, como carregar caixas, embalar e distribuir mercadorias, agora é feito de forma rápida e efetiva por robôs.
Os robôs fizeram uma verdadeira revolução logística na China e estão conquistando empresários pela agilidade e eficiência. Neste artigo, você vai descobrir tudo que um robô pode fazer e seus inúmeros benefícios.
Revolução logística na China: A eficiência dos robôs
A Decathlon, maior varejista de artigos esportivos do mundo, situada na província de Jiangsu, na China, usa a inteligência robótica para “scannear” livremente toda a área da empresa. O objetivo é encontrar a prateleira alvo na área de armazenamento, carregá-la automaticamente e depois levá-la para a frente dos operadores na área de retirada.
Esses robôs foram desenvolvidos e produzidos pela startup chinesa Jizhijia, que coloca em prática a ideia de “produtos correndo atrás dos humanos”, em vez de “humanos correndo atrás dos produtos”.
Essa é uma tendência no país, afinal, a agilidade dos robôs traz muitos benefícios. No caso da Decatlhon, os trabalhadores economizam no mínimo 20.000 passos por dia, o que acelera consideravelmente o trabalho. O volume de retirada de produtos melhorou a eficiência três vezes mais, a taxa de precisão da retirada aumentou em 100% e a capacidade de estoque subiu 40%.
Revolução Logística na China: Diferenciais dos robôs
O uso de inteligência artificial proporcionou uma verdadeira revolução logística na China. O trabalho que antes dependia de vários funcionários, como carregar e transportar as caixas, paletizar, escolher, dividir, embalar e distribuir a mercadoria está sendo substituído por robôs. E o primeiro passo foi o transporte de cargas pesadas, que eles fazem com segurança e precisão.
Os robôs contam com as “capacidades visuais” fornecidas por câmeras, radares e sensores para coletar dados do ambiente e completar o posicionamento espacial. A solução permite também fazer contagem de itens de inventário, através de códigos de barras e QR Codes; recurso que transformou a logística dentro dos armazéns.
Os robôs também estão programados com um “cérebro” que pode fazer o planejamento ideal do caminho, que é a maior diferença entre robôs e automação, evitando obstáculos e se movendo de forma autônoma. Além da vantagem de ser rápido, ter alta precisão, ser barato e confiável.
Revolução logística na china: O início da era dos robôs para armazéns
Como empresas como Jizhijia e Jingdong usaram robôs para otimizar processos
No início do negócio, em 2015, Zheng Yong, CEO startup chinesa Jizhijia, tinha duas escolhas: ou fazia robôs aspiradores, aqueles usados para limpar a casa, ou robôs para área logística. Ele e sua equipe escolheram a última opção, acreditando que estava mais alinhado com as perspectivas de desenvolvimento socioeconômico da época. Eles nem imaginavam, mas começava ali o início de uma verdadeira revolução logística na China.
Na mesma época, a Jingdong, anteriormente chamada de 360buy – uma empresa chinesa de comércio eletrônico com sede em Pequim, também começou a investir pesado na pesquisa e desenvolvimento de robôs logísticos. Em 2016, estabeleceu a “Divisão X” para ser responsável pela pesquisa e desenvolvimento de sistemas inteligentes de armazenagem e logística.
Armazém auto-operado e serviços integrados são o diferencial competitivo mais importante da empresa no campo do e-commerce, que sempre atribuiu grande importância à construção de espaços de armazenagem e infraestrutura logística. Inclusive, ainda em 2012, o armazém auto-operado da empresa tentou atualizar o processo de filtragem para um modelo “pallet-to-person”, através da automação.
Amazon investe na robótica e inova e-commerce
Um evento muito marcante no mundo da logística foi o uso maciço de robôs Kiva pela Amazon em seus armazéns. Em março de 2012, a Amazon adquiriu a empresa de robótica Kiva Systems por US$775 milhões, cujo produto principal foi o automatizado Guided Veículos, abreviado como AGV. Seu princípio de trabalho é permitir um veículo ser autoguiado com a função de carregar e transportar materiais pelo interior da fábrica, depósitos e áreas de carregamento, através de métodos de navegação, como faixas eletromagnéticas e QR codes.
Inicialmente, era uma espécie de robô industrial, que não tem a capacidade autônoma de treinamento de dados da inteligência artificial, mas já é o suficiente para melhorar a eficiência da operação, antes toda manual.
Em particular, para os armazéns de e-commerce com um grande número de SKUs e conteúdo de pedidos complexos, o AGV pode fornecer a solução ideal que não pode ser alcançada por operação manual na seleção de rotas de viagem, baseadas em dados do sistema e algoritmos.
Com o aval da Amazon, o conceito AGV foi popularizado pela primeira vez no círculo logístico do e-commerce, desencadeando assim uma nova rodada de inovação em automação na logística de armazenagem. Foi também um grande marco na revolução logística da China e várias startups de robôs rapidamente surgiram no país, com o principal objetivo de copiar a Kiva.
Investidores chineses rapidamente perceberam que, apesar de haver muitas oportunidades de investimento no campo da inovação tecnológica logística, há também muitos cenários invariáveis no armazém com demandas não padronizadas.
Desafios logístico do e-commerce
Apesar de todas as inovações, ainda se faz necessário melhorias no armazéns, de acordo com Afonso Reis, COO do Grupo Serpa. “Em pleno 2022, muitas empresas já concluíram a transformação de automação das suas linhas de produção, porém a taxa de automação na logística de armazenamento ainda é muito baixa”, explica.
Comparado com armazéns comuns, onde as mercadorias podem ficar paradas por mais tempo, o ambiente da armazenagem do e-commerce representa maior dificuldade nas operações logísticas, já que as SKUs são abundantes, as embalagens não são padronizadas e, ao mesmo tempo, precisam se adaptar rápido ao volume de negócios.
Tomando como exemplo um típico armazém do e-commerce, as suas operações envolvem recebimento de fornecedores, inspeção de qualidade, armazenagem de prateleira, classificação de pedidos, embalagem e saída do armazém.
Revolução logística na China: o papel dos robôs
Você pode calcular quantos trabalhadores um robô pode substituir por hora de trabalho e assim saber qual é o custo de mão-de-obra que ele economizou no seu armazém. Nessa perspectiva, quanto mais pedidos tem e quanto mais movimentado for seu negócio, mais rentável será o uso de robôs.
Numa empresa de armazém, além dos pedidos serem complexos, às vezes, dependendo da demanda, alguns funcionários são recrutados temporariamente, trazendo um grande desafio em toda a gestão, com treinamento e eventuais erros de operação manual. Diversas empresas de logística enfrentam esse mesmo problema em toda parte do mundo.
Muitos fornecedores, clientes e empresas que têm sua própria logística, em diálogo com o Grupo Serpa, afirmam que a maior dor de cabeça não são os custos, mas a precisão da operação, que está diretamente relacionada com a segurança dos serviços, que ficou ainda mais rigorosa com o Covid-19.
No passado, as soluções do armazém precisavam ser construídas de acordo com a estimativa da escala de negócios em anos. O custo do investimento era alto e, uma vez feito o investimento, não poderia ser alterado. Era um projeto arriscado. Após a introdução dos robôs, a solução pode ser flexível, de acordo com as necessidades dos negócios.
A revolução logística na China mostrou que, hoje, os robôs são a solução! Eles resolvem os pedidos complexos, aumentando a produtividade e reduzindo consideravelmente a taxa de erro. No campo dos robôs logísticos, seja no número de fabricantes ou na rapidez da aplicação no mercado, a China está na vanguarda do mundo e ainda tem vantagem de preço. Quanto ao futuro, o treinamento de dados de algoritmos robôs é um processo de longo prazo, e ainda levará um tempo até que robôs sejam usados em grande escala.
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