Desde os anos 80, a indústria automobilística se tornou um dos pilares para a economia de Xangai. O fornecimento de peças automotivas era a tarefa industrial número um no centro econômico da China.
Em 2001, depois que a China entrou para a Organização Mundial do Comércio (OMC) e abriu seu mercado automobilístico, quase todas as principais marcas de automóveis do mundo investiram em fábricas na China, assim como as principais fábricas de peças.
Um automóvel tem milhares de peças. Montar essas peças é apenas parte da cadeia industrial. O enorme sistema de cadeia de suprimentos por trás dele é a chave para julgar se a indústria automobilística em um mercado está madura ou não.
Inicialmente, as montadoras estrangeiras vieram para a China para cultivar cadeias de suprimentos locais para conquistar o mercado. Mais tarde, com novas tendências tecnológicas, apareceram fornecedores chineses cogitando entrar na cadeia de suprimentos global de gigantes multinacionais.
Neste cenário, a indústria automobilística na China passou por alguns desafios: primeiro, as peças importadas do exterior para serem montadas na China limitariam a produção nacional; segundo, a China não podia lidar com uma indústria automobilística imatura ou “semi acabada”.
Continue a leitura para entender a dinâmica e evolução da indústria automotiva na China.
Volkswagen: a ascensão da indústria automobilística chinesa
Zhu Rong Ji, o prefeito de Xangai no final da década de 80, liderou pessoalmente a formação de um escritório para resolver o problema. O Grupo Volkswagen transferiu equipamentos de suas fábricas ao redor do mundo para Xangai e coordenou seus fornecedores para fornecer à Shanghai Volkswagen um lote gratuito de equipamentos.
Com a China incapaz de pagar os salários dos funcionários estrangeiros, a Volkswagen trouxe engenheiros aposentados da Alemanha para poder desenvolver o trabalho junto aos fornecedores chineses e, dessa forma, completar as transformações tecnológicas. E, desde então, esse método tem sido utilizado repetidamente pela indústria automobilística chinesa.
Após a reforma e abertura, muitos projetos importantes no campo industrial tiveram a participação da Associação Alemã de Engenheiros Aposentados.
Em 1991, a Volkswagen de Xangai havia conseguido inicialmente a nacionalização dos cinco componentes de montagem mais importantes: motor, carroceria, transmissão, eixo dianteiro e eixo traseiro.
Em 1993, a taxa de nacionalização do veículo Santana tinha finalmente atingido a meta esperada de 80%, criando uma rede de suprimentos local madura, oferecendo menores custos, maior escala de produção e tempos de resposta mais rápidos.
O futuro da indústria automotiva
Muitas vezes, é avaliado que a cadeia de suprimentos local não poderá assumir a liderança, já que que o capital estrangeiro sempre dominou esse processo, mas, na verdade, esse é o progresso comum de qualquer indústria.
Por muito tempo, os fornecedores de peças chinesas distribuíam principalmente para dentro do país, servindo às fábricas de automóveis na China. É difícil entrar na cadeia de suprimentos global de gigantes multinacionais de automóveis e poucas empresas podem construir fábricas no exterior para abastecer montadoras de automóveis locais.
A cadeia de suprimentos da indústria automotiva é relativamente conservadora, especialmente quando se trata de componentes principais, como motores e caixas de câmbio, e os principais fornecedores são estáveis e únicos, e suas vantagens técnicas de décadas são difíceis de serem abaladas. Enquanto a indústria automobilística permanecer estável, as marcas de automóveis não correm o risco de substituir parceiros de longo prazo por uma nova empresa.
Mas os últimos 10 anos coincidiram com o momento de mudança mais volátil ou radical da indústria automobilística. A ascensão da Tesla levou a indústria automobilística da era dos veículos de combustível à era dos veículos elétricos. Com o desenvolvimento de inteligência artificial, chips e internet móvel, o carro gradualmente se tornou um terminal inteligente.
Isso significa que a importância dos componentes principais, como motores e transmissões, diminuiu, e a demanda por algumas peças novas precisa ser atendida com urgência. A revolução é drástica porque as empresas de automóveis não podem contar apenas com parceiros estabelecidos para resolver problemas; elas têm que encontrar novos parceiros de fornecimento. E a indústria automobilística da China encontrou novas oportunidades.
Um mercado a todo vapor
Enquanto o mercado automobilístico dos EUA apresentou um declínio de 18% e o mercado automotivo europeu um declínio de 14% nas vendas no primeiro semestre de 2022, a China observou um aumento de 4% nas vendas de carros novos neste período, o que é suficiente para provar que a China será mais uma vez destaque no mercado automobilístico global, disse Ferdinand Dudenhöffer do CAR, um centro de pesquisa automotiva com sede em Duisburg, Alemanha.
Dados da Associação Chinesa de Fabricantes de Veículos Automotores (CAAM, na sigla em inglês) mostram que as vendas de automóveis na China em julho aumentaram 29,7% ano a ano, chegando a 2,42 milhões de unidades, e as vendas de veículos de energia nova atingiram 593.000 unidades, um aumento anual de 120%, registrando 24,5% em participação de mercado.
A CAAM espera que o mercado automobilístico mantenha um crescimento estável, com a produção e vendas de automóveis de passageiros, bem como veículos de energia nova e exportações de automóveis também mantendo um bom desempenho.
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Atualmente, a China tornou-se o lugar para empreender e lançar novas tecnologias na indústria automotiva, e as empresas multinacionais começaram a reexaminar e ajustar seu relacionamento com a cadeia industrial da China.
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